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Família com estilo S: família Carvalhêda
Família com estilo S: família Carvalhêda
Rúbrica Famílias
Estrelas & Ouriços (E&O) - Sempre desejaram ser uma família numerosa?
Família Carvalhêda (FC) - O pai sim! A mãe tinha algumas reservas… Ter mais do que um filho, sempre foi a ideia, mas quatro, nunca tinha pensado nessa realidade.
E&O - Ser mãe e pai de quatro (meninos) é uma missão que está a que nível?
FC - Talvez ao nível de uns “Jogos sem Fronteiras”! É preciso muita energia, dedicação e espírito de equipa.
E&O - Todos os dias são uma animação numa família de 6?
FC - Sim. Não há dias enfadonhos, porque há sempre alguém com quem brincar ou alguém para cuidar.
E&O - Quando é que as coisas se complicam?
FC - Complicam-se quando o pai, ou a mãe, está ausente e a rotina tem de ser gerida só por um dos adultos.
E&O - Os manos dão-se bem ou são tipo cão e gato?
FC - Dão-se bem, são muito unidos! Quando estamos só com um deles, percebemos que levam o tempo a falar nos outros manos. Mas, claro que há momentos de cão e gato…
E&O - Como acabam as “lutas”?
FC - Com um “ralhete” igual para todos… E o pior que lhes podemos fazer é proibi-los de se falarem durante uns minutos ou pô-los separados, porque não conseguem!
E&O - O que mais gostam de fazer quando estão (ou saem) juntos?
FC - Jogar futebol é o programa de eleição nas saídas em família! Em casa, gostamos muito de inventar jogos em que todos possam participar, com palavras, animais ou música.
E&O - O Nut e o Pipo entraram bem na dinâmica familiar? Quem cuida de quem?
FC - Já tínhamos tido outro Labrador antes do Nut, por isso os miúdos sempre se habituaram a viver com um animal de estimação. Depois, o Tomás, que é doido por gatos, insistiu muito em ter um gato! Aos seus 6 anos, decidimos arranjar-lhe o Pipo para ele “cuidar”. Tem sido muito giro ver a relação deles com o cão e o gato. Para nós, é fechar em beleza este círculo familiar, porque os animais dão-nos outro tipo de companhia e têm sido importantes no crescimento dos miúdos. Esperamos que o Afonso e o José não peçam um leão ou um jacaré...
E&O - Confinados, estão muitas vezes zangados?
FC - Não. O confinamento uniu-nos mais enquanto família.
E&O - Como se organizam, de forma a educar sem “gritos”?
FC - De modo geral, já se fala alto cá por casa, porque somos muitos! Mas, quando as coisas se descontrolam, usamos a técnica da contagem: 1…, 2…, 3… e normalmente ao “2…” já está tudo bem. Nós, enquanto pais, tentamos dar o exemplo, estabelecer regras, e não nos desautorizamos um ao outro à frente deles, para haver “sempre” concordância. Ainda assim, às vezes, tem de se dar um grito, para nos fazermos ouvir.
E&O - Todos têm tarefas bem definidas?
FC - Sim, de ser, todos ajudam e têm o seu papel cá em casa. Quando um falha, o outro ajuda/compensa.
E&O - O tempo de ecrãs é cumprido à risca?
FC - Mais ou menos… Não há o hábito de usarem telemóveis nem tablets para jogos, mas ver televisão é uma perdição. Tentamos compensar isso com exercício físico, mesmo que isso signifique ter uma baliza na sala ou o hall transformado num campo de ténis.
E&O - Quem gosta mais de furar o “esquema”?
FC - O Tomás! De forma geral, é o mais atrevido.
E&O - Há alguma situação engraçada que queiram partilhar?
FC - Como família numerosa, temos diversas situações engraçadas, torna-se complicado escolher uma. Contudo, achamos particularmente engraçado quando um dos manos prepara “partidas/traquinices” para outro mano (normalmente os dois mais velhos): uma “falsa” carta de uma suposta namorada, fita-cola à entrada do quarto, para se colar a quem entra, pares de meias desencontrados, objetos disparatados dentro da cama, etc. São coisas espontâneas, inesperadas, que levam geralmente a muita risota!
E&O - Qual foi o momento mais difícil que viveram em família?
FC - Talvez tenha sido no passado verão, quando o pai deu positivo para a covid-19. A mãe grávida do José, com os 3 manos a seu cargo, e o pai isolado num quarto. Com ajuda da família e dos amigos, naquilo que era possível e seguro, tudo se ultrapassou! Mas foi difícil ver nos meninos o medo e angústia da situação e depois a saturação do isolamento.
E&O - Como gerem os momentos que exigem uma maior capacidade de superação?
FC - É dar um passo atrás, com calma, tentar planear as coisas para não nos descontrolarmos mais do que a situação já pode exigir. Normalmente, explicamos a situação aos miúdos, dentro do entendimento de cada um, e pedimos a colaboração deles. Contamos com a família mais próxima (os avós) como backup sempre que necessário.
E&O - O que disseram, antes de serem pais, que nunca fariam e depois acabaram por fazer?
FC - Dissemos que os nossos filhos não iam beber coca-cola nem comer gomas enquanto fossem pequenos… À exceção do José, todos comem gomas e bebem coca-cola.
E&O - Quais os valores base que não podem faltar na Família Carvalheda?
FC - Partilha, união e respeito.
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