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Doenças de inverno
Doenças de inverno
Saúde a 4 Mãos | Opinião | Fonte: Farmácias Portuguesas
Este mês, o pediatra Hugo Rodrigues e a farmacêutica Isabel Jacinto falam-nos dos cuidados a ter com a saúde das crianças na altura mais fria do ano.
• No inverno as crianças ficam mais vezes doentes e isso deve-se essencialmente às infeções respiratórias. É importante perceber por que é que isso acontece e o que fazer.
• Mais de 80% destas situações são provocadas por vírus, o que significa que são autolimitadas e acabam por passar, sem nenhum tratamento em particular, ao fim de três a cinco dias. São desconfortáveis para crianças e pais, mas normalmente não são graves e acabam por ajudar a estimular o sistema imunitário. Há casos diferentes, que são a exceção e não a regra.
• Na maior parte das vezes o grande problema das crianças está no nariz. Quase todas as infeções respiratórias começam pelas vias aéreas superiores, com obstrução do nariz, secreções nasais e tosse. Há situações em que a infeção pode evoluir para otite, sinusite, bronquiolite ou pneumonia. Nesses casos, surgem sintomas diferentes que demonstram que a situação se alterou.
Há cuidados a ter nesta altura do ano para prevenir algumas destas doenças. Os principais são os seguintes:
• Ventile os espaços fechados. Não é uma medida muito popular do ponto de vista energético, mas não há dúvida de que o ar deve ser renovado, para ficar mais saudável e impedir a concentração de microrganismos e partículas respiratórias.
• Lave bem as mãos e ensine o seu filho a fazê-lo também. A higiene das mãos é provavelmente a medida mais eficaz na prevenção do contágio e transmissão de doenças. É importante reforçar que deve sempre ser realizada de forma adequada, para garantir a eficácia.
• Ensine o seu filho a espirrar e tossir de forma adequada. Os atos de espirrar e tossir servem para limpar as vias aéreas das partículas e microrganismos que estão a causar o problema. Deste modo, se se fizerem sem nenhum cuidado, vão disseminar os micróbios. A forma mais adequada é fazê-lo utilizando um lenço ou o ante-braço ou cotovelo. Se utilizarem as mãos estas vão ficar contaminadas e podem favorecer o contágio.
• Tente estimular o seu filho a ter uma alimentação saudável. A melhor forma de ter o organismo bem operacional é tendo uma alimentação saudável e respeitando as horas de sono. Só assim as defesas ficam mais otimizadas e com as vitaminas necessárias para poder desempenhar bem a função.
POR ISABEL JACINTO
Farmacêutica
• A prevenção é essencial, mas a verdade é que, mesmo tendo cuidado, nem sempre é possível evitar que os mais novos fiquem doentes. Durante os meses mais frios a constipação e a gripe são as infeções respiratórias mais comuns. São causadas por vírus diferentes, podendo originar sinais e sintomas distintos, tais como:
• Congestão nasal (nariz entupido): mais comum na constipação. É muito mais do que um nariz com muco espesso e pode interferir com gestos simples como comer e falar. Para evitar o desconforto associado à congestão nasal, limpe diariamente o nariz do seu filho.
• Tosse: é um reflexo de defesa do organismo. Classifica-se como irritativa (se for seca e persistente) ou produtiva (se houver expetoração). Na presença de tosse, mantenha o seu filho hidratado (oferecendo-lhe líquidos, como água ou leite) e evite ambientes muito poluídos.
• Febre: mais comum na gripe, sendo, nesse caso, geralmente alta, com três a quatro dias de duração. É possível medir a temperatura em diferentes zonas do corpo:
• Temperatura retal: valor mais próximo da temperatura central, logo, mais rigoroso. Obtém-se por introdução da ponta do termómetro no ânus (cerca de três centímetros).
• Temperatura axilar: é um método menos rigoroso, mas muito prático. Consiste na colocação do termómetro em contacto com a axila.
• Temperatura timpânica: consiste na colocação de um termómetro por infravermelhos no ouvido, só devendo ser realizada a partir dos três anos.
• Temperatura oral: consiste na colocação da ponta do termómetro debaixo da língua, com a boca da criança fechada. Só deve ser realizada a partir dos cinco anos.
A febre, em muitos casos, acaba por passar com repouso e adequação do vestuário e da temperatura ambiente. Por vezes, poderá justificar-se a toma de medicamentos para diminuir a febre (antipiréticos), sempre de acordo com as recomendações do médico ou farmacêutico. Deve recorrer a um serviço de saúde se a criança:
• Tiver febre e menos de três meses;
• Tiver menos de seis meses e a temperatura axilar exceder os 39ºC ou a retal os 40ºC;
• Tiver mais de seis meses e a temperatura axilar exceder os 40ºC ou a retal os 41ºC;
• Estiver com febre há cinco dias consecutivos.
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