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SKIN-PICKING NO AUTISMO – COMO IDENTIFICAR E INTERVIR?
SKIN-PICKING NO AUTISMO – COMO IDENTIFICAR E INTERVIR?
Saúde | Fonte: PIN - Centro de desesnvolvimento
Skin-Picking? Conhece? Uma palavra estranha, peculiar até, igualmente conhecida por Perturbação de Escoriação. Tornou-se mais familiar? Possivelmente não.
Perante o comportamento autolesivo são observadas tentativas repetitivas de reduzir ou parar, com identificação de sofrimento e de prejuízo social, emocional e funcional, resultando na demonstração de vergonha social (i.e., esconder ou evitamento de situações sociais devido à sua aparência), constrangimento e culpa.
Deverá ser tida em consideração que o presente comportamento não resulta de efeitos fisiológicos ou de outras condições médicas (i.e., escabiose, comumente conhecida como sarna), bem como avaliar e distinguir o comportamento repetitivo focado no corpo de uma intenção consciente de se ferir, que é uma característica da automutilação não-suicida.
Existirão locais ou zonas corporais mais comumente utilizadas?
O comportamento de Skin-Picking ocorre mais frequentemente em zonas do corpo como o rosto, braços e mãos, porém pode ocorrer igualmente noutras zonas corporais, tal como as pernas.
Nas PEA’s o comportamento compulsivo poderá ser parte de um funcionamento desadaptativo de autorregulação, surgindo com uma estratégia para reduzir a ansiedade e uma forma de tranquilização, potencialmente resultante da ativação emocional induzida pelos eventos contextuais na ausência de comportamento adaptativo de enfrentamento ou de gestão da situação. Não obstante, o comportamento de skin-picking não ocorre exclusivamente na presença de ansiedade, os eventos e estados emocionais que despoletam o comportamento poderão ser variados, desde uma interrupção de rotina, aborrecimento em atividades de lazer ou contexto escolar e profissional, perceção de manchas na pele, observação de imperfeições, deteção de irregularidades na pele (invisíveis pela observação ocular) pela exploração tátil ou mesmo de cansaço.
No comportamento típico das PEA’s o comportamento de skin-picking tende a ocorrer com recurso às unhas, sendo menos típico o uso de pinças, alfinetes ou outros objetos.
Será importante compreender que o comportamento poderá ocorrer em pele saudável, irregularidades e pequenas imperfeições na pele, ou em lesões como espinhas, borbulha, calosidades ou nas crostas de lesões anteriores. Habitualmente o aparecimento de acne poderá acentuar o comportamento, mas não é o factor principal que explica o surgimento do comportamento. Se pensarmos nas Perturbações do Espetro do Autismo as questões sensoriais poderão exacerbar o comportamento repetitivo na presente fase, pelas alterações no processamento sensorial, que poderão assumir-se como sensibilidade a determinadas texturas da pele, maior tolerância à dor e/ou incómodo com imperfeições visuais observadas na pele.
Artigo desenvolvido por:
Catarina Carreto | Psicóloga Clínica
PIN - Centro de Desenvolvimento
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