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QUANDO O BEBÉ CHEGA MAIS CEDO: RISCOS DA PREMATURIDADE
QUANDO O BEBÉ CHEGA MAIS CEDO: RISCOS DA PREMATURIDADE
Saúde | Fonte: PIN - Centro de desesnvolvimento
A primeira etapa da luta do bebé prematuro é a adaptação ao meio extra-uterino, o que representa um grande desafio.
É do conhecimento comum, que a taxa de sobrevivência dos bebés prematuros aumentou significativamente nos últimos anos, devido à melhoria dos cuidados prestados nas unidades neonatais. Apesar deste facto, quanto menor a idade gestacional e o peso do bebé, maior a percentagem do risco de sequelas.
Assim, a primeira etapa da luta do bebé prematuro é a adaptação ao meio extra-uterino, o que representa um grande desafio, devido à imaturidade dos seus vários sistemas, nomeadamente do sistema nervoso (cérebro), respiratório, intestinal, visual e auditivo.
Após o bebé ter ultrapassado esta fase crítica e após a alta do hospital, os pais conservam ainda inúmeros receios e dúvidas relativamente aos possíveis distúrbios do seu desenvolvimento psicomotor.
O cérebro é um órgão extremamente vulnerável e qualquer interferência no seu normal desenvolvimento pode representar a existência de lesões mais ou menos permanentes, que podem afetar a cognição, o movimento e as sensações do bebé. Sobretudo nos primeiros anos de vida, o cérebro está sujeito a grandes modificações, que capacitam o bebé a reagir aos diferentes estímulos do ambiente externo, a aprender e a guardar os efeitos das novas experiências. Os bebés prematuros estão sujeitos a uma infinidade de estímulos, na maioria das vezes nocivos, que desorganizam o seu desenvolvimento neurofisiológico e psico-emocional, interferindo com a capacidade de auto-regulação.
Apesar da falta de estímulos no desenvolvimento do bebé ser mais devastadora do que o excesso, os pais de um ex-permaturo devem aprender a dosear e graduar o número de estímulos, para que o bebé possa aprender a geri-los e a desligar os que são inapropriados.
No 1º ano de vida o desenvolvimento é muito rápido, contudo os problemas motores só se tornam percetíveis com o passar do tempo. Assim, torna-se difícil fazer um diagnóstico logo nos primeiros meses, o que requer uma equipa com conhecimentos especializados e com experiência. A avaliação do desenvolvimento do bebé ex-prematuro tem em conta a sua idade corrigida, sendo que só por volta dos 2 anos é que se considera a sua idade cronológica.
A avaliação do desenvolvimento motor do bebé inclui a avaliação das posturas/posições mantidas, do tónus e força muscular e do comportamento motor. Após uma minuciosa avaliação das capacidades motoras e da qualidade do movimento, os pais são envolvidos num plano de intervenção personalizado, que inclui o ensino de estratégias a adoptar nas rotinas do bebé.
A partilha de informação e a participação activa dos pais durante a intervenção, contribui para a diminuição do stress destes e consequentemente para a estabilidade emocional do bebé. São os pais, sempre interessados e atentos, que maior competência têm para monitorizar a evolução motora do seu bebé, pois conhecem suas as capacidades e dificuldades melhor do que ninguém. Assim, de acordo com as necessidades individualizadas do bebé, os pais devem familiarizar-se com as estratégias de posicionamento, manuseio (incluindo o toque) e transporte do bebé, contribuindo para o seu melhor desenvolvimento.
Texto desenvolvido por,
Ana Cordovil – Fisioterapeuta
Andreia Leitão – Pediatra do Neurodesenvolvimento
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