MOTELX 2022: um festival com terror à medida das famílias

De 6 a 12 de setembro, o festival de cinema de terror MOTELX volta a espalhar sustos por Lisboa. Dos mais pequenos aos crescidos, todos podem entrar neste universo fantástico.

O MOTELX – Festival Internacional de Cinema de Terror está oficialmente de regresso para a sua 16.ª edição, de 6 a 12 de setembro. O Cinema São Jorge, o Teatro Municipal São Luiz, o Convento de São Pedro de Alcântara e o Museu de Lisboa – Palácio Pimenta são apenas alguns dos espaços que vão receber as iniciativas do festival, pensadas para todas as idades.

A secção Lobo Mau marca presença para aproximar os mais novos ao universo do terror, uma descoberta que pode muito bem ser feita em família. Após dois anos de pandemia, o famoso Peddy Paper do MOTELX está de volta, dando a conhecer os bastidores do Cinema São Jorge, através de um jogo de pistas imersivo. Eis um programa repleto de objetos engraçados, sons estranhos e monstros (pouco) assustadores.

Entre os destaques de programação infantil planeados até ao momento, surgem os “Sustos Curtos”, uma compilação de curtas-metragens, direcionadas a crianças a partir dos seis anos. Juntam-se pequenos filmes dos quatro cantos do mundo, com monstrinhos tanto do espaço sideral, como das profundezas do mar.

Na área dos workshops, duas atividades encontram-se em destaque. “Cria a Tua História de Terror!”, uma oficina prática de cinema, onde as histórias são criadas a várias mãos, tem como objetivo interpretar um conto de terror à frente do ecrã. O resultado final será um pequeno filme escrito e filmado pelos participantes. Já em “A Caixa dos Medos”, as crianças são convidadas a colocar alguns dos seus medos numa caixa. É o ponto de partida para uma tarde de interpretações e trabalhos manuais, desmistificando os maiores receios de cada um.

Terror para os mais crescidos

Se procura um programa só para adultos, o MOTELX tem muitas opções por onde escolher. O leque de longas-metragens em exibição conta com “Holy Spider” (2022) de Ali Abbasi, considerado um dos filmes choque de Cannes, e o português “Os Demónios do Meu Avó” (2022), uma animação de Nuno Beato, cujos bastidores estiveram em exibição no Museu da Marioneta.

A secção Quarto Perdido presta homenagem ao folk horror português na presença do seu maior produtor, Paulo Branco. “O Convento” (1995), “O Fascínio” (2003) e “Coisa Ruim” (2006) são alguns dos filmes selecionados, juntamente com o lançamento do livro “O Quarto Perdido do MOTELX – Os Filmes do Terror Português (1911-2006)”.

O Prémio Melhor Curta Portuguesa 2022 reúne ainda as melhores submissões nacionais, cheias de arrepios, que figuram ao lado de curtas internacionais e da famosa Secção X, dedicada aos piratas fílmicos. As sessões de Warm-Up do festival apostam no cinema ao ar livre, com “What We Do In The Shadows” (2014), exibido no Largo Trindade Coelho, e “O Fauno das Montanhas” (1926), com acompanhamento musical da Orquestra Metropolitana de Lisboa.