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ALERGIAS: CONTROLAR E PREVENIR
ALERGIAS: CONTROLAR E PREVENIR
Saúde a 4 Mãos | Opinião | Fonte: Farmácias Portuguesas
Com a entrada na primavera, alergias como a rinite, asma ou conjuntivite estão nas suas sete quintas e quem sofre destes problemas arrisca-se a passar um mau bocado se não tomar as devidas cautelas. O nosso médico e a nossa farmacêutica de serviço dizem-nos o que fazer para evitar males maiores.
A alergia é uma resposta do organismo a determinada partícula (alergénio), reconhecida como potencialmente nociva. Trata-se de uma reação inflamatória, na qual intervêm as células e os mecanismos do sistema imunitário (numa intolerância esses mecanismos não são activados). As alergias mais frequentes são:
• Dermatite atópica. Traduz-se por pele seca, onde surgem zonas vermelhas, descamativas e que dão bastante comichão (os chamados eczemas). Nem sempre está associada a alergias, mas numa percentagem significativa de casos pode estar. É a forma mais comum de manifestação de alergias nos primeiros dois anos de vida. Pode progredir para rinite ou asma.
• Rinite alérgica. Manifesta-se por comichão no nariz, crises de espirros e nariz entupido. Geralmente associa-se a alergia a alergénios não alimentares, como os ácaros ou os pólens. Apesar de não ser uma doença com risco de vida, perturba muito a qualidade de vida. Pode associar-se a outras manifestações, nomeadamente conjuntivite e asma.
• Conjuntivite alérgica. Surge muitas vezes com a rinite alérgica e manifesta-se por olhos vermelhos, lacrimejantes e com muita comichão. Ao contrário das conjuntivites infecciosas, não é costume surgirem secreções amareladas abundantes.
• Asma. É, provavelmente, a mais conhecida manifestação de alergias. Atinge os brônquios e manifesta-se por crises de falta de ar, tosse e cansaço. Pode ser incapacitante, pelo que é importante mantê-la bem controlada.
• Alergia alimentar. Pode-se manifestar sob qualquer uma das formas descritas e ainda sob uma forma que pode ser extremamente grave, a anafilaxia (alergia generalizada). Quando existe, deve cumprir-se escrupulosamente as indicações do médico de evitar o alimento em causa, para prevenir reações potencialmente graves.
O diagnóstico destas situações faz-se, geralmente, com base nos sintomas que a criança apresenta e na relação desses sintomas com o contacto ou a exposição a determinado alergénio. Algumas situações podem necessitar da realização de exames ou análises, como testes das alergias, para ajudar a perceber a causa do problema. Nem sempre são necessários e há casos em que, apesar de darem negativos, não excluem uma alergia. Isto porque, tal como para a maior parte das situações, devem sempre ser valorizados e interpretados caso a caso e com bom senso. Em jeito de conclusão, gostaria apenas de reforçar que o pai faz falta no dia-a-dia dos filhos, pois isso dá-lhes a segurança física e emocional de que precisam para ser felizes!
POR ISABEL JACINTO
Farmacêutica
As alergias, quando não são devidamente controladas, podem diminuir a qualidade de vida da criança e deixar os pais sem saber como atuar.
Apesar de não ser possível controlar aquilo a que cada criança é alérgica, existem algumas medidas que os pais podem adotar para prevenir ou evitar crises, de acordo com o agente que causa a alergia.
• Animais Domésticos
Evite o contacto da criança com animais, particularmente aqueles que largam mais pelo. Os animais domésticos, se possível, não devem estar em casa, principalmente dentro do quarto da criança.
• Ácaros
Para evitar a acumulação de ácaros no quarto da criança, mantenha-o limpo e arejado. Opte por mobiliário simples e roupa de cama facilmente lavável em água quente. Evite alcatifas, tapetes, peluches e a acumulação de muitos brinquedos no quarto e na cama.
• Alimentos
Ao crescerem, as crianças que são alérgicas a determinados alimentos, muitas vezes, deixam de o ser. Contudo a alergia a alimentos como os amendoins, as nozes e o marisco, pode persistir, sendo muito comum em adultos. Assim, o melhor é ensinar o seu filho a evitar os alimentos a que é alérgico, devendo ler os rótulos da comida ou pedir ajuda a um adulto para o fazer. Se não tiver a certeza, então não deve comer. Os pais devem ainda alertar a escola sobre as alergias da criança.
• Pólenes
Principalmente na primavera, os pólenes podem desencadear uma crise alérgica nas crianças. Para tentar evitar que tal aconteça poderá consultar o Boletim Polínico (www.spaic.pt) e, assim, saber mais sobre as concentrações dos pólenes no ar ambiente; evitar áreas e dias de elevada polinização e passeios nos dias mais quentes, secos e com ventos fortes; e fechar as janelas do carro ou de casa, para evitar a entrada de pólenes.
Por vezes, evitar o agente que causa uma alergia pode não ser suficiente para o controlo da mesma. O médico pode aconselhar o uso de alguns produtos e medicamentos, como comprimidos, xaropes ou até sprays para o nariz ou para os pulmões, para ajudar a combater as manifestações da alergia.
Já sabe, é possível viver com alergias. Mas se tiver dúvidas, procure o médico ou farmacêutico para o ajudar.
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