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OS LIVROS PARA AS FÉRIAS!
OS LIVROS PARA AS FÉRIAS!
Sugestões Fábula, Booksmile e Lilliput
Agora que as tão desejadas férias escolares chegaram, e que o verão se estende à nossa frente com dias não planeados e cheios de possibilidades, aproveite para escolher algumas leituras para este tempo de liberdade. As férias também servem para sair da rotina e não há tédio que resista a tudo o que um bom livro pode proporcionar. Até onde quer ir este verão?
Um banho de Natureza
«Rega as tuas plantas, / Ama as tuas rosas.» São dois versos de um poema de Ricardo Reis, um dos heterónimos de Fernando Pessoa, que bem podiam servir de mote a estes livros. O Jardim celebra o amor às plantas e à natureza, e o bem que faz ao nosso espírito cultivar e cuidar de um espaço verde, por pequeno que seja. Na mesma linha, O Bolo de Maçã festeja a riqueza que a terra nos oferece, através da metáfora de um passeio pelo campo para recolher os ingredientes necessários à confeção de um delicioso bolo. É um hino de gratidão e louvor à natureza. Noutro género, À Descoberta da Floresta é um guia com jogos e atividades para jovens aventureiros, empenhados na defesa do ambiente.
Viagens culturais
«Ler é viajar» é umas frases mais usadas para falar do prazer e da importância da leitura. É um lugar-comum, mas nem por isso deixa de ser verdadeiro. Se todos os livros nos levam a viajar, estes fazem-no de uma forma objetiva. O Mundo Fantástico da Arte dá-te a conhecer as obras e os artistas que marcaram a criação artística ao longo de cinco mil anos. Viagem ao Património Português é um roteiro em família aos lugares e aos elementos classificados como património da humanidade pela UNESCO. Por fim, A Orquestra viaja pelas grandes salas de concerto do mundo, compositores de renome e partituras famosas.
À descoberta do mundo
Outra expressão engraçada é «olhar com olhos de ver», ou seja, olhar atentamente, reparar em pormenores, traços distintivos e curiosidades. Estes livros oferecem-nos olhares amplos sobre o nosso mundo. Os animais que habitam lado a lado com os humanos em várias cidades do mundo abrigam-se nas páginas de A Vida Selvagem na Cidade. Um guia do nosso planeta, com maravilhosas ilustrações e escrito em forma de carta a um hipotético viajante interplanetário, cativa e surpreende pela originalidade. Intitula-se Se Algum Dia Vieres à Terra e é da mesma autora que o aclamado e belíssimo Olá, Farol, referido no início deste texto. Por fim, Atlas do Mundo apresenta uma abordagem mais convencional, mas muito completa e detalhada, repleta de curiosidades sobre o património, a natureza, a história, a gastronomia e a identidade cultural de vários países dos seis continentes.
De férias com os avós
«Já dizia a minha avó…» é um dito curioso, que encerra um tanto de verdade e uma pontinha de ironia. Refere-se normalmente a uma verdade intemporal e evidente, e evoca uma certa sabedoria dos antigos que nem sempre sabemos apreciar devidamente. A Verdade Sobre os Avós é uma delícia de livro que, a brincar, fala de coisas muito sérias como a importância de quebrar estereótipos sobre as pessoas mais velhas. Como Ler uma História aos Avós celebra a magia dos livros e da leitura, e a partilha de histórias entre gerações. Tempos houve em que as famílias e os vizinhos se reuniam em roda para contar e ouvir histórias. Hoje é difícil encontrar quem mantenha esse ritual, mas lá que sabe bem, sabe. Arranja um cantinho assim mesmo acolhedor e experimenta pedir ao teu avô ou à tua avó que te conte uma destas Lendas Portuguesas Contadas de Novo…
Álbuns para ler à sombra
Nem sempre os provérbios populares são felizes na sua formulação. «Com o mal dos outros posso eu bem» é uma frase que encerra algum egoísmo e falta de empatia. Sentir as dores e as angústias do outro não está ao alcance de todos, há uma distância que nem sempre é possível vencer. Estes álbuns ilustrados receberam prémios porque, de alguma forma, são capazes de vencer essa distância e aproximar-nos do outro. A superação de uma diferença em Eu Falo Como um Rio; a coragem de sermos como somos, mesmo que isso vá contra a norma do grupo em Como Ser um Leão; a alegria e a felicidade inocentes, longe de preconceitos em O Jaime no Casamento; e a perceção de que as vidas dos outros podem ser diferentes nos pormenores, mas são semelhantes no que é comum e essencial na natureza humana, no entusiasmante Os Vizinhos.
A cabeça não é só para usar chapéu!
Apesar do tom de reprimenda, o dito popular «a cabeça não serve só para usar chapéu» é muito bem-intencionado. (E joga bem com outra expressão divertida, «andar a apanhar bonés», que é o mesmo que dizer não perceber nada do que esse passa.) Diz-nos que a cabeça serve para raciocinar, estabelecer relações, imaginar... É com a cabeça que deciframos enigmas, resolvemos mistérios, inventamos jogos e brincadeiras. Estes quatro livros propõem-te isso mesmo: Quebra-cabeças, Desafios, Jogos e Passatempos, e Atividades com cartas, para horas e horas de entretenimento inteligente e divertido.
Toca a mexer!
«Quem vai ao mar, perde o lugar» é outra expressão de significado dúbio. Parece convidar a uma certa imobilidade ou inação, só para garantir um lugar que, se calhar, não é assim tão interessante. O nosso conselho para estas férias é que vás ao mar (e ao campo, às cidades, vilas e aldeias), e não fiques no mesmo lugar! E não faltam ideias para te mexeres: um Guia de Desportos com mais de 60 modalidades, Sugestões de Jogos e Atividades, e mapas para os tesouros a descobrir na Praia e na Floresta.
Pós de magia, humor e aventura
Já ouviste falar em «suspensão da descrença»? Trata-se da premissa essencial para aceitar qualquer obra de ficção. Quando vemos um filme ou lemos um livro, estabelecemos uma espécie de pacto com o criador da obra. Aceitamos as regras do universo ficcional, por mais fantásticas ou impossíveis que sejam, desde que sejam coerentes dentro da sua própria lógica interna. Faz sentido? É por causa da suspensão da descrença que gostamos de mundos fantásticos, universos paralelos e toda a sorte de fantasias. A Família Monstro leva-te até Monstrópolis, um mundo povoado de lendas e monstros, inspirado na mitologia. Guerra dos Sapatos transporta-te até à Vila Sapato, e pede-te que ponhas de lado as tuas reservas quanto a personagens muito loucas. O Clube dos Cientistas 10: O Segredo do Mágico é bastante mais racional: passa-se num mundo em tudo igual ao nosso, mas onde um grupo de crianças tem liberdade de movimentos para resolver crimes e mistérios com recurso à ciência.
Clássicos de verão
«Não há nada de novo debaixo do sol» é uma frase bíblica que remete para uma certa repetição do mundo, mas está longe de ser uma perspetiva pessimista ou desanimadora. Significa que o essencial da natureza humana perdura através dos tempos. É por isso que os grandes clássicos da literatura são aquelas histórias das quais podemos sempre extrair emoção e verdade, e com as quais somos capazes de nos identificar, relacionar, rir e chorar, mesmo que já tenham sido escritas há muito tempo. A capacidade de sobrevivência e de resistência à solidão tem em Robinson Crusoé um ícone exemplar. O prodígio da imaginação alcançou um patamar dificilmente ultrapassável com Alice no País das Maravilhas; a relação com o outro e com o desconhecido tem um testemunho irónico e memorável em As Viagens de Gulliver, um dos mais famosos relatos (fictícios) de viajantes de sempre; por fim, O Jardim Secreto é uma história maravilhosa (levou algum tempo a consolidar-se como clássico da literatura juvenil) que estabelece um paralelo entre um velho jardim que é preciso fazer renascer e o jardim secreto que vive dentro de cada um de nós.
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