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Desvendando os tesouros cognitivos: a integração da Avaliação Neuropsicológica e Cognitiva
Desvendando os tesouros cognitivos: a integração da Avaliação Neuropsicológica e Cognitiva
Opinião | Marisa Rosa e Marta Gonçalves, Psicólogas Clínicas
Tal como os jogadores querem mapear os caminhos que os conduzem ao tesouro, também os psicólogos e, concretamente, os neuropsicólogos objetivam desvendar os “tesouros” cognitivos de cada individuo.
Para encontrar o tesouro são dadas pistas aos jogadores que devem ser devidamente contextualizadas, por exemplo com base em pistas físicas ou ambientais; para descrever detalhadamente o “tesouro” cognitivo os técnicos referidos devem realizar a avaliação cognitiva e a avaliação neuropsicológica.
Concretamente, em analogia surge a avaliação cognitiva, que mensura as habilidades cognitivas de cada individuo, mas não abrange as habilidades sociais e emocionais, nem a criatividade, que também são importantes em diferentes áreas da vida. Desta forma, os resultados dos testes de avaliação cognitiva são pistas que ajudam os psicólogos a desvendar o funcionamento cognitivo, que na linguagem técnica dos psicólogos é chamada de inteligência. É como encontrar um baú cheio lingotes de ouro, moedas de prata, colares de pérolas, anéis de pedras preciosas e outras riquezas de grande valor.
Reparem que quando medimos funcionamento cognitivo no geral (i.e. inteligência) cada uma destas joias ou objetos de grande valor, não conseguimos (nem devemos) separar as pérolas do fecho, nem o anel das pedras, nem mesmo as moedas do formato da prensa. Então a avaliação neuropsicológica, aparece para descobrir estes tesouros no seu estado bruto.
Usando a analogia, vamos ao rio peneirar o ouro, apanhamos as ostras para lhes retirar as pérolas, entramos nas minas para extrair os diamantes antes de serem lapidados em brilhantes… Para cada função cognitiva (atenção, perceção, memória, linguagem, só para dar alguns exemplos), são seguidas as pistas, que nos levam ao encontro daquele tesouro, no seu estado bruto ou também dito no seu estado mais puro.
Todos os psicólogos foram treinados na faculdade a encontrar tesouros em baús de piratas, mas nem todos aprenderam a encontrar tesouros no estado puro.
Chamamos neuropsicólogos, aos psicólogos treinados em desvendar os diferentes aspetos do funcionamento cognitivo e cerebral, ajudando a compreender padrões cognitivos únicos de uma pessoa, os seus pontos fortes e fracos.
A avaliação neuropsicológica, consiste então num processo complexo e detalhado, que envolve a compreensão das competências gerais e especificas; competências estas que permitem o desenvolvimento das habilidades cognitivas. Se falamos no funcionamento cognitivo mais geral estaremos a falar de inteligência, mas se estivermos a falar do funcionamento cognitivo mais específico, então estaremos a analisar nomeadamente a memória e aprendizagem, a atenção, as funções executivas e a velocidade de processamento, entre outras funções.
Resumindo, a metáfora do mapa do tesouro destaca a complementaridade entre a avaliação cognitiva e a avaliação neuropsicológica, mostrando como ambas são essenciais para obter uma compreensão abrangente e individualizada das necessidades e desafios de um indivíduo. O que numa fase de intervenção pode fornecer uma base sólida para o desenvolvimento de um plano de tratamento eficaz e personalizado.
Psicólogas Clínicas
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