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Vamos falar de poupanças: 13 dicas a reter desde criança até à vida adulta
Vamos falar de poupanças: 13 dicas a reter desde criança até à vida adulta
Pedagogia
O País e o mundo enfrentam uma crise de saúde pública, mas também económica que pode vir a agravar-se. Assim, mais do que nunca, poupar e saber gerir o dinheiro e o rendimento familiar é essencial.
Para obtermos qualquer tipo de serviço ou produto precisamos de uma moeda de troca para comprar a quem produz estes bens. É assim que a Humanidade vive há milhares de anos. Se nos primórdios dos tempos, a troca era essencialmente de bens com bens, com o desenvolvimento da sociedade, as viagens transatlânticas e até mesmo a globalização, o Homem arranjou um elemento muito mais precioso – o dinheiro.
Com base neste tesouro tão valioso, sociedades ergueram-se, enriqueceram e construíram toda a sua estrutura social e económica. Assim, podemos concluir que conhecer a fundo o dinheiro é fundamental para o nosso dia a dia, mas mais ainda para o nosso futuro. O melhor mesmo é começar desde tenra idade!
Quantas vezes já viu o seu filho com apenas 2 anos, ou menos, a receber dinheiro de familiares e amigos como prenda, mas em vez de expressar gratidão como se fosse algo positivo, ficar confuso sobre a utilidade daquilo que lhe acabaram de dar?
É normal, as crianças não têm de lidar com problemas financeiros ou comprar bens para a casa, o que faz com que este tipo de questões lhes pareçam bastante inúteis, apesar de não o serem.
A verdade é que lidar com o dinheiro deve ser um costume implementado nos mais novos desde cedo, pois apesar de só terem de lidar com questões económicas numa fase mais à frente da sua vida, quando chegarem lá vão estar extremamente preparados e serão, com certeza, adultos mais responsáveis e sábios sobre o valor do seu dinheiro e sobre tudo o que consomem ou possuem.
Sim, porque mais importante do que saber o que poupar e quanto poupar é ter conhecimento sobre o valor do dinheiro vs o valor dos produtos/serviços.
Infelizmente, esta ainda não é uma matéria tratada no sistema de ensino português e, por isso, muitos jovens adultos quando chegam ao mercado de trabalho e lidam pela primeira vez com a responsabilidade de gerir despensas e ganhos não o sabem fazer de forma organizada ou responsável.
1. A partir dos 3 anos, leve às crianças às compras com regularidade, mas saiba dizer que não. Seja firme na sua decisão e tente explicar que só tem X dinheiro para fazer as compras para toda a família, como a comida ou os produtos de higiene. Depois de algumas idas ao supermercado, como bónus, ofereça algo à criança que ela queira. Por exemplo, diga que sobrou 7€ e que pode escolher uma coisa extra para levar para casa.
2. Depois de já estar experiente a empurrar carrinhos e a esperar em filas, desafie o seu filho a elaborar a lista de compras consigo. Tente que ele se lembre sozinho de tudo o que costumam comprar e do que é essencial para a casa.
3. Ensine-o a comparar preços, mas também a estabelecer a relação preço/qualidade ou preço/quantidade. Uma boa dica: nas etiquetas de preços disponíveis nas grandes superfícies encontra sempre o preço daquele produto em unidade, mas repare nas letras pequenas. Lá encontra também o preço por kg. Ao comparar esses preços, vai reparar que, por vezes, o produto mais barato não é o mais em conta.
4. A partir dos 6 anos, comece a dar pequenas semanadas à criança. Não precisa de ser um valor muito alto. Por exemplo, pode começar dar 1€ por semana e conforme a criança for crescendo vai aumentado sucessivamente.
5. Quando entrar na adolescência, passe a dar mesadas em vez de semanadas. Isto vai prepara-lo para a vida adulta, uma vez que maioria dos ordenados são pagos ao mês.
6. Ensine-a a gerir a semanada, mas não a controle. A criança tem de se sentir autónoma com aquele dinheiro e aprender a perde-lo e ganha-lo. Parecendo que não, 1€ por semana dá 48€ por ano. Para uma criança é muito dinheiro.
7. Se a criança tomar a decisão de gastar logo tudo e lhe pedir mais explique-lhe que não é possível, que vai ter de começar a poupar e a juntar cada moeda que lhe dá.
8. Use o truque dos três mealheiros! Esta dica serve tanto para crianças como para adultos. Reúna três mealheiros e a cada um deles dê um destino diferente:
1) Um mealheiro deve ter como objetivo "gastar" e aqui deve colocar o dinheiro para as despesas já existentes ou para aquelas que a criança pretende realizar no imediato;
2) O segundo mealheiro tem como objetivo “poupar” e serve para colocar de parte dinheiro para futuras compras ou projetos;
3) Por último, mas não menos importante, tenha um mealheiro para “ajudar”. Este serve para num futuro oferecer a uma causa de solidariedade ou, em caso de emergência, numa situação familiar.
9. Saiba exatamente o que gasta e ensine o mesmo aos mais novos. Assim vão conseguir controlar melhor o dinheiro que possuem.
10. No caso de sobrar dinheiro, ensine (e pratique) que não se deve gastar, mas sim poupar.
11. Crie uma conta poupança no banco para a criança. No seu 18.º aniversário ofereça-lhes o acesso à conta, bem como um cartão de débito e estimule o aumento da poupança que já está lá. Diga-lhe também que não deve nunca baixar de uma certa quantia que considere razoável.
12. Em casa, também é preciso poupar! Nada de luzes acesas desnecessariamente ou muito menos deixar a água a correr sem necessidade.
13. Esta dica deve ser usada por todos os membros da família individualmente. Estipule para cada membro quanto é que cada um deve poupar por mês (por exemplo). Ao estipular a quantia exata será mais difícil cometer deslizes na poupança.
Bónus: Poupar é essencial, especialmente nos dias de hoje, mas não deixe as crianças demasiado preocupadas ou egoístas com o dinheiro. Comprar um mimo de vez em quando ou partilhar o dinheiro com o irmão não tem qualquer problema. Aqui, o importante é saber gerir!
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