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Uma patinha no desenvolvimento infantil
Uma patinha no desenvolvimento infantil
Opinião | Marisa Avelar Rosa, Psicóloga Clínica/ Neuropsicóloga
A promoção da interação entre as crianças e os animais de estimação contribui para o desenvolvimento das competências sociais e de comunicação.
Como o sistema nervoso do bebé é imaturo, a responsividade e a acessibilidade das primeiras relações são indispensáveis para o desenvolvimento neurofisiológico e psico-emocional. As figuras de referência (pais/cuidadores) assumem um papel fundamental nesta fase. Mas, os animais de estimação também podem dar um importante contributo. Estes exprimem afeto, são sensíveis, disponíveis, confiáveis e cúmplices, permitindo a criação de uma vinculação saudável.
A relação recíproca com os animais de estimação permite que as crianças desenvolvam empatia e responsabilidade de cuidar, uma vez que eles dependem dos cuidados da família para sobreviver e retribuem com amizade eterna. Ademais, incentiva a reflexão sobre as necessidades, os sentimentos e o impacto dos nossos comportamentos no bem-estar dos outros.
A ligação com estes “pacotinhos de amor” tem outras vantagens:
- Estimula o equilíbrio emocional, uma vez que a interação social positiva (por exemplo, o acariciar) liberta neurotransmissores no sistema nervoso (por exemplo, a oxitocina) que diminuem a ansiedade.
- Aumenta a autoestima, porque os patudos respondem às necessidades da criança, de modo caloroso, sensível e confiável, originando sentimentos de valorização e competência.
- Incentiva a aquisição e o aperfeiçoamento da linguagem verbal e não-verbal, atendendo a que os animais são um estímulo atrativo para as crianças; por exemplo, conversam e contam segredos.
- Promove as habilidades sociais, a autorregulação e o exercício físico. Os animais de estimação estão sempre prontos para brincar!
- Ajuda a compreender algumas dificuldades da vida; por exemplo, infelizmente, a vida deles é mais breve e as crianças começam a compreender o luto, que é um conceito importante de desenvolver, porque irá facilitar a perceção e a aceitação de diversos acontecimentos no futuro.
Por fim, é importante não esquecer que a observação e a imitação são as primeiras estratégias que as crianças utilizam para interagir e adaptar-se ao meio; por isso, a forma como as figuras de referência se relacionam com os animais vai influenciar o modo como elas encaram os mesmos.
A relação com qualquer animal de estimação, cão, gato, peixe, periquito, tartaruga, é uma importante fonte de afeto para as crianças.
Marisa Avelar Rosa, Psicóloga Clínica/ Neuropsicóloga
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