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QUANTO MAIS VELHOS OS PAIS, MAIS INTELIGENTES OS FILHOS
QUANTO MAIS VELHOS OS PAIS, MAIS INTELIGENTES OS FILHOS
Estudo
Nem tudo são más notícias para os pais que têm filhos tarde. Estudos recentes revelam que estas crianças tendem a gozar de melhores capacidades cognitivas e um nível de educação mais elevado.
Cada vez mais temos menos filhos e fazemo-lo cada vez mais tarde. Esta tendência tem prós e contras, mas uma das vantagens mais evidentes é os pais tardios terem crianças com mais capacidade cognitivas e um nível de educação mais elevado.
Espanha é, juntamente com Itália, o país da União Europeia onde as mães esperam mais tempo para ter o primeiro filho, tendo passado de uma idade média de 25,2 anos em 1975 para 30,6 em 2014.
De acordo com a 5ª edição do Retrato Territorial de Portugal (2017), do Instituto Nacional de Estatística, em 2016 a idade média para uma portuguesa ter o primeiro filho era de 30,3 anos.
As razões desta maternidade tardia são múltiplas e vão desde o aumento da idade da emancipação, devido ao desemprego juvenil e à extensão dos estudos, à falta de medidas de apoio à maternidade. A crise só agravou essa tendência, já que desenvolver uma carreira profissional que proporcione estabilidade económica é hoje um processo muito mais demorado, como relembra o jornal La Vanguardia.
Vantagens e desvantagens de ter filhos tarde
Está provado que aqueles que têm filhos tarde correm mais riscos de ter crianças suscetíveis a desenvolver doenças mentais ou congénitas, tais como a Síndrome de Down, peso baixo ao nascer ou prematuridade.
No entanto, nem tudo são desvantagens. Pesquisas recentes mostram que os pais tardios vêm a sua expectativa de vida aumentada, além de que os filhos gozam de melhores capacidades cognitivas e de um nível de educação mais elevado.
Tal deve-se ao facto de os pais tenderem a ter mais recursos económicos e sociais. Embora dependa de cada contexto e situação pessoal, pode dizer-se que aqueles que esperam mais tempo para ser pais têm mais maturidade emocional e de vida pelo simples facto de terem acumulado mais experiências vitais.
Quanto mais velhos somos, mais claras são as nossas ideias e necessidades, o que nos dá maior estabilidade emocional. Também tendemos a ser mais responsáveis e conscientes, por isso preparamo-nos e organizamo-nos melhor.
No entanto, como explica a espanhola Aroa Albert Hernández, psicóloga infantil e da família, há também estudos que apontam que a diferença geracional pode causar mais dificuldades no relacionamento familiar, especialmente em idades mais complicadas, como a adolescência.
Um dos contras é também o facto de a idade nos tornar menos aptos à mudança, podendo, por isso, ser difícil para os pais tardios adaptar-se às alterações que a paternidade implica.
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