Título
“OS GANHOS SECUNDÁRIOS DE UM PROCESSO DE ORIENTAÇÃO”
“OS GANHOS SECUNDÁRIOS DE UM PROCESSO DE ORIENTAÇÃO”
Saúde | Fonte: PIN - Centro de desenvolvimento
Os processos de orientação têm como finalidade apoiar os jovens nas suas decisões de carreira. Normalmente, estes processos iniciam-se no final do 3º ciclo de escolaridade, altura em que os jovens, entre os 14 e 15 anos, têm de fazer a sua primeira escolha de carreira.
Sendo que, ao longo da vida, temos de fazer várias vezes escolhas neste âmbito, é também possível fazer este tipo de processo em qualquer fase da vida e carreira.
Mais do que um processo em que os jovens procuram uma resposta à frequente questão “Para que área vou? ou “Vim cá para me dizer para qual devo ir…”, este processo é muito mais abrangente, onde não só se aborda o foco na “área para onde vou” como também proporciona aos jovens muitos ganhos secundários, que são transversais aos seus percursos escolares e pessoais.
Estes ganhos secundários são, por norma, muito poucas vezes abordados e, são tanto ou mais importantes do que os ganhos “diretos” das orientações. Como será possível avaliar os interesses, as aptidões, os valores e a personalidade vocacional sem transpor essa informação para a sua personalidade e para as questões práticas do dia a dia?
Um jovem que se encontra desmotivado na escola, pode encontrar na orientação uma “boia de salvação” para definir objetivos, focar-se nos estudos e conseguir uma maior motivação para estar na escola. Um jovem que tem notas mais baixas e que acredita pouco nas suas capacidades, pode encontrar mecanismos de promoção da sua autoestima e de confiança nas suas próprias capacidades ao perceber que tem aptidões que pode colocar em prática, num curso profissional no futuro, por exemplo. Assim, além deste processo se focar apenas no foco educativo também pretende, principalmente, promover o desenvolvimento de uma série de aspetos pessoais. Assim, permite que as decisões dos jovens sejam baseadas em informação válida sobre si mesmos como sobre toda a oferta formativa que envolve o seu percurso educativo. Não seria possível tomar uma boa decisão sem esta interligação.
É este autoconhecimento que consideramos fundamental nos processos de orientação e que permitem aos jovens uma maior competência de tomada de decisão por ser assim mais ponderada e mais adequada ao seu perfil. Apesar do papel fundamental do orientador, este assume-se “externo” neste processo, sendo sempre a decisão final do próprio jovem.
Autores:
Rita Ávila – Técnica Superior de Reabilitação Psicomotora
Inês Bravo - Psicóloga Educacional
Matilde Passanha - Psicóloga Clínica
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