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O IMPACTO DA AUTONOMIA NO FUTURO
O IMPACTO DA AUTONOMIA NO FUTURO
Educação | Fonte: PIN - Centro de desenvolvimento
Consegue, mas não faz - o desafio da autonomia e o seu impacto no futuro.
Contudo, são as dificuldades na linguagem, no comportamento e nas aprendizagens escolares que mais frequentemente levam as famílias a procurar ajuda.
Raramente há sinalizações ou são descritos problemas na autonomia como sendo significativos. No entanto, estas lacunas são uma realidade, não somente no âmbito das perturbações do desenvolvimento, onde são expectáveis alguns desafios nesta área, como recorrentes na comunidade geral.
Verdade se diga que, quando questionadas sobre as reais competências de autonomia das crianças e jovens, a resposta maioritária das famílias, remete para a existência da mesma. Frequentemente indicam que “consegue, mas não faz”. Os motivos são vários, desde a escassez do tempo para a realização da mesma, à motivação da própria ou mesmo por não lhe ser pedido que o faça.
Além do seu efeito no comportamento e nas competências escolares e sociais, terá um impacto importante no desenvolvimento dos jovens.
Não parece ser relevante a maturidade de ser capaz de ter um despertador, pô-lo a tocar e levantar-se da cama sozinho. Em contrapartida é transmitido a importância de ser “responsável” em muitas outras questões mais complexas. Não se automatiza vários dos pequenos desafios diários da autonomia, muitos deles diretamente “ligados” à responsabilidade e ao treino da mesma. A capacidade de analisar opções, realizar uma escolha em tempo adequado, com noção das consequências da mesma, está presente no nosso dia-a-dia. Tal como a prática do vestir sozinho em tempo útil, as questões da autonomia têm impacto no desenvolvimento e na funcionalidade futura.
A dependência tardia dos jovens adultos vai atualmente muito mais para além das questões financeiras. A famosa “imaturidade” outrora associada às idades mais baixas, estende-se cada vez mais no tempo, havendo dificuldades em várias áreas, desde as mais básicas como a higiene e cuidados pessoais, à mobilidade e responsabilidade.
É importante incentivar, apoiar e especialmente enaltecer a importância das competências de autonomia.
Permitir que o tempo que corre seja útil na preparação de futuros adultos em toda a sua plenitude. Procurar melhor refletir sobre as barreiras entre o “mimo” e a infantilização, entre a proteção e a dependência, encontrando equilíbrios entre a segurança e a liberdade necessária para voar.
As férias de verão são ótimas para os desafios da autonomia, há tempo para “ocupar” e espaço para errar. Esta é a última etapa da aprendizagem. Ser autónomo não é apenas ser capaz de fazer, é fazê-lo.
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