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Gerir a mesada não tem de ser um bicho de sete cabeças
Gerir a mesada não tem de ser um bicho de sete cabeças
Patrocínio: AGE
Decidir qual a melhor altura para começar a dar aos seus filhos uma mesada, de quanto em quanto tempo e que valor, é algo que não vem escrito nos livros. Até porque é um tema sensível que depende do contexto socioeconómico e recursos de cada família. No entanto, há alturas chave para ir introduzindo noções e conceitos base, que podem ser muito úteis para os miúdos desenvolverem uma relação saudável com o dinheiro.
Nestas idades, é importante dar a conhecer o porquinho mealheiro, a noção de quantidade, de tempo e transmitir a importância de adiar a gratificação. Ou seja, mostrar que “eu quero” não é suficiente e que há um processo desde o “querer” até ao “receber”.
Pode até tornar este processo divertido estabelecendo objetivos como encher o porquinho mealheiro ou fazer um conjunto de desenhos ou outra capacidade criativa, em troca do dito brinquedo… a criatividade é o limite. O que interessa é comunicar e não os recompensar por tarefas essenciais (e obrigatórias) do dia a dia, como fazer a cama ou pôr a mesa.
E porque não abrir logo uma conta? Envolva as crianças neste processo, dando-lhes a possibilidade de estar a par dos movimentos ou dos reforços que sejam feitos, nomeadamente as ofertas dos familiares. Assim, grão a grão, se prepara o futuro!
Quando as crianças já sabem contar, é altura de as deixar explorar o mundo encantado das escolhas. Levá-las ao supermercado e deixá-las participar no processo pode ser uma boa aprendizagem. Mostrar que é preciso parar para escolher e não podemos levar o que nos apetece, só porque sim.
Se quiser introduzir a semanada, pode começar por dar um valor simbólico à sexta-feira, que lhes permita comprar uma caderneta de cromos ou uma guloseima no fim de semana. O nível seguinte pode incluir não um, mas dois mealheiros, para alternar o “gastar” com o “poupar”.
“Não gastes o dinheiro todo no bar da escola!”. Nesta fase, os quereres começam a multiplicar-se e com a pré-adolescência surge a vontade de gastar, sem dar justificações. Pode ser uma boa altura para ensinar a gestão responsável e aumentar a semanada ou passar a dar mesada.
Para definir o valor sentem-se juntos e façam uma espécie de orçamento, onde listarão as despesas da semana ou do mês: as senhas de refeição, o passe, os artigos de papelaria e um extra para o que não for essencial (bar, idas ao cinema, peças de roupa extra, jogos ou juntar para poupar).
Adicionalmente, pode introduzir o conceito de depósitos a prazo e levá-los ao banco para depositarem na conta algum montante que estejam a juntar e começarem a perceber como funcionam os juros e a sua evolução.
Nesta fase, há quem comece a pensar no que fazer assim que puder ter acesso à conta. Tirar a carta de mota? Juntar para a de condução? Gastar tudo em festivais?
Esta é a fase ideal para os introduzir noutros conceitos como a importância de ter um fundo de emergência (para quando o telemóvel se avaria ou querem o último modelo) e criar poupanças diferentes com objetivos específicos como a faculdade, uma futura casa ou renda e outros sonhos. Lembre-se que são os sonhos deles e que o importante é treinar a autonomia, com pés e cabeça.
A Estrelas & Ouriços e o BPI uniram-se para desmistificar e explicar alguns conceitos da literacia financeira, que estão presentes no quotidiano das famílias.
A rubrica da revista, "Gestores da mesada", pretende dar esse complemento, de forma simples e divertida, apresentando as melhores sugestões, rumo a um futuro equilibrado, no que toca à relação informada e saudável das crianças com o dinheiro.
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