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Família com estilo S: Dejean Guerra
Família com estilo S: Dejean Guerra
Rúbrica Famílias
Estrelas & Ouriços (E&O) - O que fazem para ser uma família sustentável?
Família Dejean Guerra (FDG) - No nosso dia a dia, tentamos criar rotinas e incuti-las aos nossos filhos: desligar as luzes das divisões que não estão a ser utilizadas, fazer reciclagem, controlar o desperdício de água nos banhos, utilizar sacos reutilizáveis; no fundo, o que a generalidade das pessoas com alguma consciência ambiental fazem.
E&O– Como se concretiza essa consciência ambiental?
FDG - Atualmente, são atitudes que fazem parte da nossa rotina: separar o lixo, ir ao supermercado com sacos reutilizáveis, incutir diariamente aos nossos filhos a ideia de que preservar o ambiente é preservar o futuro deles e que é muito importante que o façam no dia a dia, por muito insignificante que lhes possa parecer. Os pequenos gestos, feitos por todos, ganham peso.
E&O - Que razões os levam a adotar atitudes “sustentáveis”?
FDG - Se não nos preocuparmos com o ambiente e com o nosso Planeta, o nosso futuro e, principalmente o futuro das próximas gerações, estará em causa. Não nos podemos dar ao luxo de, por puro comodismo, não incluirmos na nossa rotina atitudes e gestos “sustentáveis”, que são essenciais à preservação do ambiente. Se não começar por nós, não podemos esperar que comece pelos outros…
E&O – Como vivem o valor da solidariedade enquanto família?
FDG - Cá em casa há uma máxima: “Não se usa? Está bom? Dá-se!” Aplicamos esta máxima a roupas, livros e brinquedos. Frequentemente, envolvemos os miúdos na escolha de roupas ou de brinquedos que não usam e eles acompanham-nos às instituições ou às escolas onde entregamos as coisas por eles selecionadas. Não somos muito de dar dinheiro, preferimos sempre apoiar e dar bens em campanhas como o Banco Alimentar, ou outras do género.
E&O - Contem-nos uma experiência que vos tenha marcado.
FDG - Há uns anos, fomos família de acolhimento de dois irmãos. Não eramos ainda casados e os nossos filhos não eram nascidos. Foi uma experiência marcante: passavam os fins de semana connosco e, durante dois anos, viveram connosco o Natal. Era como se fizessem parte da família. Ensinaram-nos e ensinamo-los. Ainda hoje, mantemos o contato e ficamos muito contentes por saber que, de alguma forma, contribuímos para que se tenham tornado adultos responsáveis, trabalhadores e atualmente com estabilidade familiar. É algo que pretendemos repetir, quando os nossos filhos tiverem mais maturidade.
E&O - Como reagem as crianças a ações deste cariz?
FDG - As crianças adoram participar, têm plena consciência de que há muita gente a precisar de ajuda e de que, às vezes, basta um sorriso ou uma atitude simpática para que o dia dessas pessoas se torne um pouco melhor. O mundo corre a 200% e pode acontecer nem olhamos para o lado ou sermos indiferentes a quem está na rua e precisa, nem que seja, de um simples “bom dia”. Felizmente, os nossos filhos são sensíveis e adoram ajudar.
E&O - Qual o momento mais difícil que enfrentaram enquanto família?
FDG - Podíamos falar de um outro momento, mas achamos que o que vivemos agora foi uma prova superada, um difícil teste a nós enquanto família.
Como quase todas as famílias, durante a semana vemo-nos quatro horas por dia, sem contar com as manhãs apressadas e atribuladas em que o grito é quase sempre a palavra de ordem! Todos os dias, recorremos a inúmeros apoios com as escolas, ATL ou mesmos os avós. Os fins de semana passam a correr, sempre cheios de combinações e encontros, quase sempre recheados de Amigos. É bom, sempre tão bom, mas, na verdade, não nos deixa grande tempo para sermos os quatro. Mas, de repente, o mundo prega-nos uma partida e passamos a ter todo o tempo do mundo: os quatro, 24 horas sob 24 horas, confinados a um único espaço. Aprendemos, reaprendemos, inventamos e reinventamos, mas no fim descobrimo-nos!
E&O - Com que “armas” enfrentaram o tempo da quarentena?
FDG - Recorremos à amizade, à alegria, à gratidão, à partilha, à paciência, mas sobretudo ao amor. Estes são os pilares que diariamente guiam a nossa vida, mas, neste momento, não só nos guiaram, como nos mostraram que somos uns afortunados e que, se estivermos os quatro, de nada mais necessitamos!
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