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ATAQUE AOS PIOLHOS
ATAQUE AOS PIOLHOS
Saúde a 4 Mãos | Opinião | Fonte: Farmácias Portuguesas
Os piolhos são um clássico da convivência das crianças em tempo de aulas, com tudo o que implicam de ansiedade para pais e filhos. Nunca é demais lembrar o que são ao certo estas criaturas irritantes, assim como a melhor forma de as erradicar em caso de contágio e, ainda, os comportamentos mais adequados para as mantermos à distância.
Todos os anos surgem epidemias de piolhos um pouco por todo o lado, causando ansiedade aos pais. Pela sua frequência importa saber um pouco mais sobre este assunto: afinal, de que é que falamos quando falamos de piolhos e lêndeas?
• Piolhos
Os piolhos são insetos pequenos que vivem em áreas com pelos, particularmente a região do cabelo. Não saltam nem voam; apenas se deslocam “andando”. Por esse motivo só se transmitem através do contacto direto “cabeça com cabeça” ou, indiretamente, de superfícies contaminadas como chapéus, capuzes, golas de roupa e toalhas.
Uma vez na cabeça, vão-se alimentando de pequenas quantidades de sangue que obtêm através de picadas no couro cabeludo. Essas picadas são responsáveis pelo surgimento da comichão. Os locais mais afetados costumam ser as regiões da nuca e atrás das orelhas.
• Lêndeas
As lêndeas são os ovos dos piolhos e têm um aspeto branco e ligeiramente alongado. Surgem agarradas aos cabelos e junto ao couro cabeludo. São de difícil remoção. O tempo de incubação de cada lêndea é de cerca de oito dias até originar um novo piolho.
• Cuidados gerais
Mantenha uma alimentação equilibrada. A alimentação é muito importante para garantir uma otimização do funcionamento corporal. É muito importante reforçar bons hábitos alimentares. Deve ter particular atenção ao consumo adequado de frutas e legumes (fornecedores de vitaminas e minerais) e, sempre que possível, peixes gordos e frutos oleaginosos (amêndoa, avelã, noz), fonte das gorduras “saudáveis”, importantes para o correto funcionamento cerebral.
O primeiro aspeto a reforçar é que os piolhos não são um reflexo de falta de higiene. São insetos bastante contagiosos e, como tal, podem surgir em qualquer pessoa, sendo que são muito mais frequentes na infância devido ao contacto próximo entre as crianças.
Existem diversos tratamentos disponíveis. É fundamental cumprir escrupulosamente as indicações do fabricante, pois só assim se consegue garantir elevadas taxas de eficácia. Depois do tratamento, é essencial utilizar um pente de piolhos, com dentes muito finos, para remoção das lêndeas.
Também é importante lavar as superfícies potencialmente contaminadas, tendo atenção especial às roupas, fronhas, lençóis e toalhas. Por fim, convém não esquecer que na maior parte das vezes é útil repetir o tratamento ao fim de oito dias, precisamente pelo facto de ser esse o tempo que as lêndeas demoram a eclodir e a originar novos piolhos. Não é necessário para todos os produtos, mas pode ser uma garantia adicional de eficácia.
POR ISABEL JACINTO
Farmacêutica
Comuns na pré-escola e na escola, os piolhos são muitas vezes os grandes vilões do regresso às aulas. Apesar de, em regra, não terem grandes consequências para a saúde, podem originar prurido (comichão) intenso e ser difíceis de eliminar, tornando-se, por isso, uma preocupação para alguns pais.
Por norma, transmitem-se através do contacto direto entre cabeças, mas também podem passar de uma pessoa para a outra através da partilha de acessórios de cabelo, como chapéus. Ambas as formas de transmissão explicam o facto de serem tão frequentes nos mais novos.
Uma vez instalados na cabeça, os piolhos multiplicam-se relativamente depressa, se não forem tomadas medidas. Assim, se detetar piolhos no cabelo do seu filho, inicie o tratamento (que poderá adquirir na farmácia) e assegure os seguintes cuidados:
• Tenha em atenção acessórios de cabelo, roupa e peluches. Roupas e peluches deverão ser lavados, no mínimo, a 60ºC. Alguns acessórios de cabelo, como pentes, poderão
ser mergulhados em álcool, por uma hora.
O que não for possível lavar, deverá fechar-se num saco durante duas semanas (os piolhos, na ausência de fontes de alimentação, acabam por morrer).
• Examine o cabelo das pessoas que vivem lá em casa e inicie o tratamento a todas as que apresentem piolhos.
Quando se fala em piolhos, pensa-se frequentemente na já referida comichão, mas tal não significa que, na ausência de prurido, não haja piolhos. Aliás, a chegada dos piolhos é, por norma, “silenciosa” – muitas vezes, só são detetados algum tempo depois de se instalarem. Considerando todos estes fatores, a melhor abordagem é a prevenção. Para tal, neste tempo de aulas, reforce junto dos seus filhos que, sempre que possível, devem:
• Evitar o contacto direto com o cabelo dos colegas.
• Não partilhar pentes ou escovas e acessórios de cabelo, como ganchos e elásticos
• Em caso de comichão, pedir a um adulto que verifique, o mais cedo possível, a presença de piolhos. Sempre que haja crianças com piolhos na escola, esta vigilância deve ser assegurada em casa, mas, em caso de dúvida, também pode ser reforçada por um profissional de saúde, como um médico, farmacêutico ou enfermeiro.
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